sexta-feira, março 24, 2006

De olhos fechados. . . MIRA


Encanto
By Pedro Paulo Buchalle . . . pra Mira com CARINHO !


Durmo suspirando tua distância. . .

..."Quisera bastar-me em mim no penar que me consome,
A cada vez que tuas carícias são sentidas
No turbilhão de saudades que é teu nome.

A este frenesi de aromas acompanha
Perfume e vinho despercebidos
A se misturar aos meus desejos,
E na procura ansiosa de teus beijos,
Vejo teus seios desenhados e perdidos
Nas curvas desnudas da montanha.

Acordo aspirando tua lembrança" . . .

A Origem da Hotelaria


A Origem da Hotelaria


Na antiguidade, os primeiros vestígios de hospedagem estavam associados ao comércio. Famílias reais, sábios, músicos, artistas e comerciantes de um modo geral, deixavam suas casas com o propósito de comercializar seus produtos e serviços em outras localidades. No entanto, os viajantes dessa época dividiam-se em duas classes sociais distintas: nobreza e peregrinos. Estes últimos eram atendidos precariamente em albergues, estalagens ou em igrejas e mosteiros. Já a nobreza hospedava-se em castelos e palácios luxuosos com várias mordomias. Ainda nesse período, com o crescimento das cidades, o número de hospedarias também aumentou.

Nelas se oferecia ao viajante refeições, vinhos, banhos de cachoeira, alimentação para cavalos e manutenção de charretes ou de algum outro tipo de veículo. Com o advento da Revolução Industrial e do Capitalismo, os serviços de hospedagem também passaram a ser comercializados, e por ventura, cobrados.

Somente no século XIX que estes serviços começaram a ter qualificação, havendo funcionários específicos para cada atividade (recepcionistas, mensageiros, arrumadeiras) e maior privacidade e conforto nas acomodações, pois antes elas eram compostas por três ou quatro camas, onde, assim, pessoas desconhecidas dormiam num mesmo quarto. E, após a Segunda Guerra Mundial, o caráter das viagens não era mais apenas comercial; estava relacionado também ao lazer. Isso foi possível graças ao desenvolvimento dos meios de transporte , das estradas de rodagem e de ferrrovias e à ampliação da renda econômica das populações.

O primeiro hotel verdadeiramente planejado foi o Hotel Ritz, em Paris, no ano de 1870 construído pelo suíço César Ritz. A principal inovação desse hotel foi a existência de banheiros privativos nos apartamentos, mas ocorreu ainda a uniformização de empregados e outras melhorias.

Hotelaria no BrasilNo Brasil

Os primórdios da hotelaria não foram diferentes, pois havia a divisão de classes sociais. Os viajantes comuns eram acolhidos em ranchos e casas de senhores de engenho da época. Este fato, além de ter contribuído para o desenvolvimento hoteleiro no país, proporcionou também a formação de novas cidades surgidas da aglomeração de ranchos que se expandia com rapidez. Enquanto isso, os viajantes considerados ilustres eram hospedados nas igrejas e nos mosteiros. Aliás, no século XIII, no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, foi construída uma área destinada especialmente (a) hospedar viajantes de prestígio.Em 1808, com a chegada da corte portuguesa ao Brasil, mais especificamente ao Rio de Janeiro, houve uma grande abertura para que estrangeiros de outras procedências também viessem ao país para ocupar cargos diplomáticos, científicos e econômicos. Devido a isso, ocorreu o aumento da procura por alojamentos, a ponto de a estrutura física hoteleira do Rio de Janeiro tornar-se insuficiente.Diante dessa situação, empreendedores de outras regiões notaram que o setor de hotéis era um bom empreendimento para capitalização, e então começaram surgir novos meios de hospedagem por todo o Brasil, em especial nas grandes capitais, áreas paisagísticas e em estâncias minerais. Dessa forma, descobriu-se o potencial turístico e hoteleiro do país, sendo este hoje uma das atividades econômicas mais significativas e em expansão no país.


Autora:Christiane Barlera e Larissa Martins GarciaGraduandas do 3º e º4º ano, respectivamente de Turismo e Hotelaria da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR

quinta-feira, março 23, 2006

Benção Cabocla - By Pedro Paulo Buchalle

Benção Cabocla
By Pedro Paulo Buchalle Silva


Nascerás, e do nascer ao poente da vida estarás condenado a ser feliz as margens de um rio que será azul pela manhã, cor de fogo ao entardecer e prateado nas noites de luar.
Tua morada será a exuberância da floresta e te alimentarás com o que produzires com o suor do teu rosto.
A infelicidade somente será possível se travares desigual luta contigo mesmo por não aceitares esta dita felicidade a que estás condenado.

Viverás plenamente, e nada adiantará manteres fechada à janela pela manhã, ou que nuvens negras encubram os céus.
O sol nascerá e irá se por, assim mesmo, independente da tua vontade e te invadirá pelas frestas do tapiri.
E por mais que insistas em não levantar a maromba porque não há chuvas, as águas de março vão subir e te molharão os pés.
E mesmo que varras o chão as folhas de setembro cairão das árvores, uma a uma, até outro broto nascer.

Gozarás do anoitecer de agosto a lua que rompe cheia, clara e nua nos céus como igual em nenhum outro mês nascerá.
O pitiú e o rebujo do cardume de aracús te fará arremessar a tarrafa certeira enquanto sobem à praia do rio de prata os tracajás.
Dormirás ao relento nestas noites de piracaias inesquecíveis e ao luar acordarás com o vento quente da madrugada ao som dos bem-te-vis.

Amarás, com tamanho desejo e ternura que tuas noites terão sempre o aconchego de peles morenas e cabelos negros, sedosos, cheirosos de paticholin.
E por este mesmo amor tanto te darás e com tamanho ardor nele te consumirás, que com ele estarás na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que um novo encontro se faça na eternidade.

Multiplicar-te-ás no amor que te chama, pois eterno, e nele conceberás tua prole sem temeres o desejo ardente que o corpo na rede ao lado reclama.
Como os pássaros serão os teus, livres para remar ou cavalgar na imensidão das várzeas e terras-firmes e aprenderão contigo que a perpetuação da espécie é mais que reprodução de genes, é virtude que se passa adiante na generosidade, fraternidade e recíproca com o outro na multiplicação do moquém embebido de malagueta e tucupi.

Morrerás no ocaso dos anos e sob teus cabelos brancos restarão eternas lembranças.
Destas, levarás contigo a certeza da generosidade da terra, do rio e da floresta que te alimentou, te alegrou e te deu teto durante anos a fio.
Nesta mesma terra serás sepultado te tornando alimento para novas árvores que nascerão e que produzirão frutos que servirão aos pássaros dos céus e aos animais da floresta.

A história do Çairé




Çairé

A palavra Çairé origina-se dos dois termos Çai Erê, que significa “Salve! Tu o dizes”, que era usada pelos índios como forma de saudação.
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Originariamente, a Festa do Çairé era um baile indígena (puracê), cujos festejos, revelavam desde o primeiro século da colonização, já a influência das missões católicas. Era uma "corda em giro", ou melhor, uma espécie de dança de roda conduzida por um "arco", que era o motivo indígena desse préstito e festival, o centro geométrico de um animado puracê (baile). Tal arco era um semi-círculo com diâmetro e raios todos assinalados em algodão, onde deles pendem fitas vermelhas. Era ornamentado ainda, com uma cruz forrada e enfeitada, revelando o símbolo católico que o jesuíta acrescentou ao outro símbolo pagão o qual, pela forma geométrica revelada, denotava sua origem em povos americanos de civilização mais avançada, quais os astecas e os incas. É um exemplo de como foi o missionário mestiçando a fé católica, através da dança e do canto, para catequizar o índio e dominá-lo por fim. Transformou-se portanto, em uma cerimônia religiosa e profana, onde entram nela a reza e a dança. Essa, consistia em passos curtos, como o de marcar passos dos soldados, com um movimento em que uma índia do centro servia de eixo sobre o qual girava o Çairé.

O cântico era uma melopéia triste, monótona e rouca. E os versos?...
"Ito camuti pupé neiassucá pitani puranga ité", assim traduzidos:
"Em uma pia de pedra foi batizado um belo menino".
E logo o estribilho por todos repetido:
"É Jesus, é Santâ Maria.
"Santa Maria cunhã poranga imembira iaué catu, iputira ipop".

Tradução:
"Santa Maria é uma mulher bonita e seu filho como ela, com uma flor na mão".

Com o passar do tempo, a Festa do Çairé foi incorporando características populares com o acréscimo de danças e folguedos. Tais modificações fizeram com que a Igreja proibisse a sua realização em 1943. Somente em 1973, os moradores da vila Alter do Chão resgataram o evento, conservando mais o cunho folclórico do que religioso. A festividade era comemorada no mês de julho e posteriormente passou para a primeira quinzena de setembro.
A Festa do Çairé é ainda hoje, realizada anualmente no Estado do Pará, na vila balneária de Alter do Chão (Santarém), sendo uma brilhante manifestação popular, constituindo o maior evento folclórico da região.

O Festival permanece misturando elementos religiosos com profanos, apresentando inúmeras manifestações folclóricas, traduzidas através do boto Rosa e do boto Tucuxi.
Alter do Chão era o local de uma antiga aldeia dos índios Borari, que recebeu, com a chegada dos jesuítas, o nome de Missão de Nossa Senhora da Purificação. Como obteve desenvolvimento próprio, a aldeia foi levada à categoria de vila a 06 de março de 1758, com o nome português de Alter-do-Chão. A vila é privilegiada por seus belíssimos atrativos naturais como o "Lago Verde" dos Muiraquitãs, os amuletos sagrados das Amazonas.

COMPONENTES
- Um juiz e uma juíza que são as figuras principais, a quem cabe a organização da festa.
- Um Procurador e uma Procuradora, que substituem os juízes quando necessário.
- Um Capitão que determina o movimento do Barracão do Çairé e o cerimonial. Comanda a disposição dos mordomos na procissão. Prende as pessoas que não se portam com o devido respeito dentro do Barracão do Çairé.
- Dois Rufadores de Caixa (foliões), pessoas que acompanham a procissão, tocando e cantando.
- Dois Alferes, que são os portadores das bandeiras dos juízes: uma vermelha e uma branca, tendo ao centro o desenho de uma pombinha que representa o Espírito Santo.
- Nove mordomos e nove Mordomas, as quais são atribuída a execução dos trabalhos necessários para a realização da festa (construção e decoração do Barracão do Çairé, ornamentação da praça, limpeza, etc.).
-Um Sargento que colabora quando necessário.
-Uma Saraipora, que é a mulher que conduz o Çairé.

A festividade inicia-se uma semana antes, com a passagem "Busca dos Mastros". Barcos e canoas são adornadas para levar mordomos, procuradores e juízes pelas matas para encontrar as toras que servirão de mastro, para a abertura da festa. Os troncos escolhidos são enfeitados com folhas, flores e frutos e levantados em competição acirrada entre homens e mulheres para ver qual do grupo consegue levantar o mastro primeiro.

A festa do Çairé começa em uma quinta-feira com uma procissão e carrega os mastros preparados uma semana antes. Um deles é levado por homens e o outro por mulheres. Na frente do cortejo, segue a Saraipora, a mulher que conduz o Çairé.

A procissão se repete todos os dias ao meio-dia com um breve ritual em torno dos mastros. Às sete horas da noite ela contorna a praça e dirige-se para o Barracão do Çairé onde é cantada a ladainha, em latim. Todos os dias no encerramento há a cerimônia do Beija Santo. A juíza, sentada em uma cadeira, com uma estola branca no colo, coloca a Coroa que representa o Espírito Santo. Obedecendo a uma hierarquia vão, o juiz, os mordomos, os procuradores e demais assistentes, que reverenciam e beijam a Coroa. No momento em que a juíza vai fazer a reverência é o juiz que da mesma maneira coloca a estola e deposita a Coroa no colo.
O grande evento conta ainda com torneios esportivos e um festival folclórico, com apresentação de grupos que mostram ao público toda a riqueza cultural da região.

Paralelo ao lado religioso há a famosa disputa dos botos Tucuxi e Cor de Rosa. Esse confronto surgiu em 1997, com objetivo de preservar e divulgar essa lenda que é um dos mais perfeitos retratos da Amazônia.

Um espaço físico conhecido como Çairódromo serve de palco para realização dos shows musicais e a apresentação cênica dos botos. Com belas e criativas fantasias, além de alegorias gigantescas Tucuxi e Cor de Rosa, resgatam lendas da cultura amazônica, atraindo milhares de pessoas à hoje conhecida como "caribe dos rios", Alter do Chão. A 32 Km de Santarém, essa aldeia de pescadores situa-se no coração pulsante da Amazônia. Localizada à margem direita do rio Tapajós (afluente do rio Amazonas), famoso pela cor esmeralda de suas águas, é aqui que encontramos o quadro mais bonito pintado pelos deuses indígenas: praias exóticas e primitivas de areias alvíssimas que formam cordões dourados ao longo do rio, dunas e mangue, tornam o lugar um verdadeiro paraíso caribenho, que já é parada obrigatória dos cruzeiros marítimos.

A vila de Alter-do-Chão abriga ainda, um Centro para Preservação da Arte, da Cultura e da Ciência Indígena (CPAI), conhecido como Museu do Índio, onde podem ser encontrados objetos raros e a história de 70 tribos da região amazônica.

Além disso, sabemos que a Amazônia é um Palácio Encantado de lendas, onde à beira de seus rios escutam-se traiçoeiros jacarés, ou passeiam nostalgicamente jacamins e mutuns, mas nada se compara a um peixe irrequieto e inofensivo, para o qual são atribuídos malefícios donjoanescos. Se uma donzela tiver a má sorte de se deixar enlear nas falas mansas e enganadoras de qualquer moço ágil, já se sabe que foi o tal peixe, o boto, que a fantasia ingênua dá formas galantes de Dom João agreste, o maldito que a seduziu.

O Boto tem inspirado inúmeras criações de danças que retratam a sua lenda, mas é na festa do Çairé que encontramos o mais bonito desenrolar teatrólogo de sua morte e ressurreição. É no Çairódromo que entram em cena as performances destes botos. A quadra é dividida em duas facções e como os rios Tapajós e Amazonas os botos se apresentam no mesmo espaço, mas sem se misturar.

Adaptada para o folclore, a "lenda do Boto" apresenta além das já conhecidas personagens de sua estória, figuras que expressam a cultura do Çairé de Alter do Chão como a Rainha do Çairé, Rainha do Artesanato, Índios, Curandeiros, etc. O espetáculo apresentado provoca comoção, que sem dúvida, coloca a Festa do Çairé na berlinda dos grandes e imperdíveis eventos nacionais.

No último dia é quando a animação contagia toda a vila e acontece a "varrição da festa, seguida da disputadíssima derruba dos mastros. Segundo a tradição, todo aquele que conseguir apoderar-se de uma das frutas com as quais foram decoradas os mastros, além de ter o prazer de degustá-la, terá muita sorte. Ocorre em seguida, a Cecuiara,ou seja, um delicioso almoço de confraternização com pratos típicos da cozinha mocoronga à base de peixes da região como: tucunaré, tambaqui, jaraqui, pirarucu, acari e curimatá, além várias outras espécies como o apapá, traíra, tranquinha, charuto, aracu, pirapitinga, piranha, pacu, mapará, surubim e tantos outros.

A noite, acontece o encerramento com a "Festa dos Barraqueiros".

A Amazônia, para nossa felicidade, é um não acabar de lendas, de festas e de interesses folclóricos, um verdadeiro laboratório onde se transformam e temperam as energias humanas. Povoam ainda, nessa imensa região, a imaginação de seus habitantes simples, que interpretam a seu modo a natureza doce e tumultuária desse paraíso verde.

A nós, só cabe abrir os olhos, pois nada no mundo se iguala a esse magnífico espetáculo que a natureza nos oferece!

"Texto pesquisado e desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO
Material colhido pela internet: http://www.rosanevolpatto.trd.br/festacaire.html "

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Telefones: (93) 3527-1314 / 3527-1201

Email:

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